Via Semente - Checklist
20:57
À Equipe Estácio de Sá, minha sutil resenha
com toques de agradecimento.
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Lilian
Nunes, Murilo Júnio Rezende Pereira, Thiago Alvim, Marcela Bueno, Alessandro
Ostelino e Rogéria Abalen Martins Dias foram os integrantes da Mesa Redonda sobre
Eventos Culturais, Captação de Recursos e Leis de incentivo, que aconteceu no
Centro Universitário Estácio de Sá, campus Prado, no dia 11 de maio de 2016.
Murilo
Pereira da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) iniciou o debate
mostrando os aspectos jurídicos do incentivo à cultura. Sua rica experiência
foi capaz de explanar o esqueleto dos eventos culturais perpassando por
aspectos como: projeto, a Comissão Municipal de Incentivo à Cultura,
disponibilização de fundos, editais do processo de seleção, os articuladores
que trabalham para a redução de gastos, o texto legislativo e suas lacunas. Em
uma das pausas de sua fala, a palestrante Rogéria Dias contribuiu questionando
a permanência exagerada de determinados projetos no incentivo à cultura. Murilo
respondeu informando, também, sobre a falta de consistência de determinados
projetos submetidos.
Posteriormente
o público teve a oportunidade de conhecer Thiago Alvin, da agência Nexo. Seu
trabalho de patrocinar eventos foi apresentado e ele ressaltou que as grandes
empresas não costumam e não desejam patrocinar projetos culturais
inconsistentes. Parte dos projetos é de autoria de pessoas físicas sem a devida
formação, diz Thiago. Os eventos podem ser apoiados pelo governo, assim como
pela participação da sociedade civil e das instituições privadas. Neste
instante foi possível refletir sobre questões importantes do Brasil como
diminuição de recursos para se fazer cultura, falta de sensibilização de
políticos que estão munidos com verbas e que as destinam para outras situações
e até falta de participação ativa da sociedade em cobrar desses políticos. As falas de Murilo e Thiago foram capazes de
fazer um raio-x sobre como esses eventos culturais acontecem desde o processo
inicial, às problemáticas existentes que envolvem assuntos diversos como a
política, a cultura da população em buscar por esses eventos, a formação das
inúmeras pessoas físicas que elaboram seus projetos para o incentivo à cultura.
Essas falas promoveram um diálogo de maneira surpreendente e coerente com a
temática da Mesa Redonda.
Liliane
Nunes e Marcela Bueno levaram o debate a uma parte mais subjetiva, oferecendo
ao público a possibilidade de assimilar com um teor maior de qualidade as falas
iniciais que foram mais objetivas. A apresentação inversa das palestrantes reposicionou
cada ouvinte no auditório, de modo que cada um foi recebendo uma injeção de
estímulo curiosa sobre como fazer cultura, desfrutar cultura e fomentar a
cultura.
Impossível
não mencionar algumas frases ditas pelas palestrantes em determinados momentos.
Como “Colaboração. Hoje o que vale na vida da gente é a experiência. É o que a
gente sente” (Lílian Nunes). “O estranho é o normal” (Marcela Bueno). “Ali você
leva o que você é e não o que você tem” (Marcela Bueno). “Se não tiver paixão,
não vai sair do lugar” (Lílian Nunes). Ao término da Mesa Redonda o importante
incentivo de pessoas com deficiência como participantes e como organizadoras de
tais eventos supracitados foi mencionado. Com a contribuição dos professores da
faculdade que estavam mediando os diálogos, esse tópico foi discutido
instigando todo o público a uma tremenda reflexão em torno da acessibilidade e
os passos que ainda são necessários para se chegar a um nível ideal de
disponibilidade, de inclusão, de envolvimento. “O modelo ta errado” (Murilo
Pereira).
A
organização da Mesa Redonda pelos graduandos de Eventos do Centro Universitário
Estácio de Sá surpreendeu-me. Fez-me sentir incluído considerando que não sou
da “área”. Como estudante de Fonoaudiologia (UFMG), ex-aluno da Letras (UFMG) e
Técnico em Meio Ambiente (IEB CECON) consegui internalizar com vigor uma das
frases ditas por Murilo Pereira, “A gente nunca para de aprender”. E acredito
que essa busca diversa nos faz quebrar muitos paradigmas. No fundo não se tem
uma área específica de atuação, obrigatoriamente, é claro. Pra quem quer
percorrer o mundo e fazer crescer o seu acervo de experiência, participar de
momentos diferentes como aulas de neuroanatomia e fisiologia aplicada, o “aprender”
nos provoca a quebrar barreiras que podem se mostrar intransponíveis.
Senti-me
honrado em poder participar e receber bagagens tão espetaculares de
conhecimento, advindo de pessoas gabaritadas e convidadas por alunos que não só
estão vislumbrando um mundo diferente, como estão desde já, tornando este mundo
muito melhor. Estão multiplicando saberes para além dos muros da faculdade onde
estudam. E isso é revigorante!
Lucas Teles, às 00h44min do dia 12 de
maio de 2016.
3 comentários
Lucas, gostaríamos de agradecer por sua presença e ficamos muito felizes que nosso trabalho tenha surtido esse resultado. Tivemos a grata presença de grandes profissionais que nos apoiaram imensamente nessa empreitada, fomos muito bem orientados por nossos professores e carregamos conosco o desejo de fazer sempre o melhor. Esse conjunto culminou no Checklist e fez dele, sem dúvida, o melhor evento realizado, por alunos, no Centro Universitário Estácio-BH.
ResponderExcluirMais uma vez, muito obrigada!
Equipe Checklist
Lucas, que texto incrível! Podemos compartilhar no Medium da Formiga? Bjo grande!
ResponderExcluirhttps://medium.com/@formiga
Claro! Será um prazer poder compartilhar o meu relato com vocês!
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