Hoje
posso dizer o quão positivo foi ter vivenciado certas experiências acadêmicas
antes do intercâmbio. O retorno ao meu país foi cercado de uma saudade cortante
com a habitual insegurança que reside em mim. E eram tantas coisas a serem
resolvidas e logo precisei decidir. Um tempo!
Um
tempo sem muitos projetos de extensão, sem muitos eventos sobre patologias,
medidas terapêuticas etc. Um tempo para sentir essa volta à casa de Medicina da
minha Universidade e passar por tudo com calma. Internalizando assim que a
rotina estava de volta.
Assim
o fiz. Mesmo sentindo um certo pesar por ter que fazer escolhas. Percorri do
oitavo ao nono período do curso fazendo apenas o necessário. E somente agora é
que consigo compreender isso ainda mais. O "dar um tempo" em tudo e
em todos não significa um ato covarde ou de crueldade. Pelo contrário, ele é o
instante em que você sente o aroma da evolução. É quando você consegue
desfrutar a beleza da liberdade e é também quando você vai paulatinamente
retirando pesos desnecessários de suas próprias costas. Foi um ano de muitas
modificações. Emocionais, intelectuais, sociais... Mas mesmo com o proposital
"distanciamento" e "somente o que é preciso dessa vez", a
ciência que cuida da comunicação humana não me permitiu deixar de aprender.
Pelo contrário, ela ensinou-me ainda mais.
Neste
prontuário ficam implícitas as matérias e os estágios que experenciei. "O
essencial é invisível aos olhos". Mas agora que chego mais perto do 6 e
último prontuário, que irá falar do "fim", posso dizer com convicção.
Muitas foram as dificuldades. Os desafios foram numerosos! Mas também muitas
bênçãos me foram entregues assim como uma fonte quase que inesgotável de
aprendizados. Foram relações que contribuíram para que eu pudesse me
"redesenhar". Foram descobertas que me mostraram um valor antes nunca
percebido.
Eu tô
mais uma vez próximo do "início do fim". Eu tô mais uma vez começando
um montão de coisa sem saber como vai ser. Como vou lidar com tudo. Porém,
estou também mais uma vez certo de que não tô sozinho e de que nessa caminhada
toda, não fossem esses capítulos cheios de boas histórias, não valeria a pena
inspirar e expirar todos os dias. Não valeria a pena ter... vivido!
Lucas
Teles 01h28min 06/02/2018
Graças
à fonoaudióloga e escritora Marismar Borém e ao ilustrador Leonardo Barros,
pude voltar às cadeiras de minha escola técnica e reviver de um modo muito
particular, o meu curso de Meio Ambiente.
Lembrei-me
dos maravilhosos professores, dos grandes amigos que fiz e do “Sarau dos Amigos”
que aconteceu em diversas sextas noturnas. Mais do que isso, surgiram memórias
especiais do conteúdo que tive acesso nessa escola. Jamais vou me esquecer do
relatório elaborado sobre poluição das águas.
Poder
contar com pessoas que se dedicam a uma literatura comprometida com o público,
acessível e enriquecida por um valioso conhecimento é verdadeiramente sublime!
O livro “Chuva Chuvinha” não contribui positivamente pelo simples fato de
oferecer uma literatura às crianças, mas ele propicia a cada uma delas algo de
que elas poderão levar para a vida toda. “Chuva Chuvinha” pode ser motivo de um
belo entrelace entre pais e filhos, buscando juntos um sentindo especial para
um dos recursos naturais mais primordiais de nossas vidas.
A
editora CORA nos presenteia mais uma vez com uma poesia quase que sonorizada pela
escritora Marismar e maravilhosamente bem arquitetada pelo ilustrador Leonardo. Uma imersão singular no mundo da leitura e uma
possibilidade de ver e respeitar a água que nos abastece diariamente.
Às 00h28min – 30/01/2018